quinta-feira, 23 de março de 2006

E por falar em talento:


Dan Stulbach interpretou ontem, em "JK", um Zinque que fez valer toda a looooonnnnngaaaa minissérie. O personagem, perturbado profissional, ex-seminarista, despede-se da irmã-amiga-amante Salomé (!) depois de estadia compulsória nos "porões da ditadura", envolvido que era com os pobres e carentes e militante de grupo clandestino de esquerda (esqueci a sigla, perdoem) onde, evidentemente, foi torturado.
Vale o destaque ao ator porque não foi necessário mostrar cenas de gente apanhando, sendo morta ou torturada pelos milicos porque a postura que deu ao Zinque resumiu tudo isso muito dignamente: a dificuldade em abraçar a querida Salomé na despedida - indo embora, para o exílio - a dificuldade em olhar diretamente nos olhos dela, o sorriso forçado e doentio, um esgar, a dificuldade em falar...
Stulbach brilhou com o apoio de Deborah Evelyn que chorou bonito (sem alarde mas com muita dor) e do ótimo Daniel Dantas que falando um nada quase, só com a expressão de desalento no rosto, apoiou a dramática e bem apresentada despedida de Zinque, um verdadeiro cristão.

Um comentário:

Denise Arcoverde disse...

Eu não assisto JK, mas vi seu link lá no Serbon e vim aqui dar as boas vindas à blogosfera :-)

Fui casada por 15 anos com um (ex)cartunista, de Recife, Paulo Santos e era (porque não os vejo mais há anos) amiga do Lailson, Cleriston, Samuca...

Abraços!